por Wagner Corrêa de Araújo
“(...) pouco antes de sua súbita morte, por uma síncope cardíaca, Aldo Baldin havia gravado um longo autodepoimento, com a ideia de transformá-lo num livro.”
“Se por uma adversidade fatalista isto não pôde acontecer, este registro sonoro, acompanhado de vasto material iconográfico (fotos e imagens em vídeo), acrescido de esclarecedoras entrevistas com nomes fundamentais à carreira do tenor, no Brasil e no exterior, serviria, então, como base para um diferencial doc filme.”
“No seu dimensionamento como um relato autobiográfico, recorrendo ao uso da própria voz do protagonista titular, direcionando o roteiro narrativo do cineasta para envolvente formato documental. ‘Ele começou a gravar um áudio como premonição de nossa finitude’, afirmou na época um convicto Yves Goulart, diante do projeto que demorou cerca de uma década.”
“Onde a sequencialidade do enredo é sugestionada com funcional suporte estético, em sensitiva intermediação imagética e pictórica, potencializada na trilha artesanalmente captada pela viúva de Aldo Baldin, a musicista Irene Flesch Baldin, através das citações de antológicos trechos de obras interpretadas pelo tenor mundo afora.”