por Paulo Clóvis Schmitz
“Maestros, músicos, compositores e críticos de todas as latitudes se renderam à genialidade desse artista que fez da disciplina o trampolim para o reconhecimento mundial. Outro filho de Urussanga que desconhecia a história do tenor, o cineasta Yves Goulart, acabou se tornando mais um difusor da obra de Aldo Baldin por acaso, quando morava e produzia um filme em Nova York, em 2009.”
“‘A particularidade de Baldin é que ele migrava de um estilo para outro com maestria, ao contrário de muitos cantores que investem a carreira em um só gênero’, diz o cineasta Yves Goulart. ‘Além disso, se preparou para fazer o que queria, o que deixo claro no subtítulo Uma Vida pela Música. Tocava violoncelo muito bem, lia partituras, deu aulas e superou as próprias limitações com disciplina e muitos anos de estudo’, frisa.”
“O diretor fez um documentário operístico, como se fosse uma sequência de atos da vida e da carreira do tenor, e mostrou da sua origem humilde numa região agrícola até o sucesso que alcançou nas mais celebradas salas de concertos do planeta. A história é contada em primeira pessoa, a partir de fita gravada dois dias antes de morrer, e por depoimentos de músicos, amigos e familiares. Ele parecia prever o que viria, mesmo acreditando que produziria a própria autobiografia.”